Passam Montanhas
Fluidificam-se dois corpos na noite escura
Sem que nenhum saiba o que procura
Revestem-se da nudez envergonhada
E ambos não sabem de nada
Dão passos largos para grandes rebeliões
Transformam-se em corajosas decisões
Queimam-se no frio que desconhecem
Mas o calor de cada noite não esquecem
Seguram-se ao que lhes é mais sagrado
Mas não há santo nem altar a ser lembrado
Querem apenas vigorar vencendo a dor
Sabendo que à montanha chamam amor
Fernando Miguel Santos
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