Herbie Hancock @ Guimarães Jazz (8.11.2012)
On 13/11/2012 by Fernando Miguel SantosA PRIMEIRA NOITE DO GUIMARÃES JAZZ 2012, UM FESTIVAL COM TRADIÇÃO E DE REFERÊNCIA MUNDIAL, FOI SUBLIME
FERNANDO MIGUEL SANTOS, 13 de Novembro de 2012, na revista Rua de Baixo
No aprazível e muito bem bem concebido auditório do Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, realizou-se na noite de 8 de Novembro um espectáculo de vanguarda de jazz. Herbie Hancock, um dos mais carismáticos jazzistas de sempre, proporcionou aos presentes uma experiência única, tanto a nível musical, como tecnológico. Além do fundamental piano de três quartos de cauda e dos restantes quatro teclados, entre os quais um sintetizador de ombro para solar na ribalta do palco, cinco iPad’s e dois computadores preenchiam o estúdio in vivo que levou a plateia até uma onda avassaladora de explorações musicais.
Poderão os fundamentalistas do jazz enveredar pela censura de um compositor que sempre nos habituou a uma grande promiscuidade do seu jazz com outros estilos, mas se o fizerem é porque provavelmente não estiveram presentes em Guimarães.
Desde peças de Gershwin até clássicos próprios, tudo o que foi “declamado” ao som do piano de Hancock deixou a plateia com a sensação de que setenta e dois anos não passaram pelas mãos de alguém tão virtuoso.
Sempre com um humor que muito contribuiu para a humanização de um nome já próximo do endeusamento, Hancock afirmou aos presentes que não sabia como iria correr a sessão experimentalista que ia realizar com toda a tecnologia supramencionada. Afinal, é sempre diferente.
Como a plateia confirmou com exclamações de prazer, Hancock não só domina as teclas com mestria como também a tecnologia de que faz uso neste “Plugged In: A Night of Solo Explorations”.
Desde os loops gravados presencialmente aos sons electrónicos nada convencionais que se misturavam com aquilo que é a essência do jazz, tudo foi executado com uma simplicidade admirável.
Em suma, a primeira noite do Guimarães Jazz 2012, um festival com tradição e de referência mundial, foi sublime. O poder da inventividade musical, somado ao poder da tecnologia, com alguém como Herbie Hancock ao leme prova que ainda existem muitos caminhos por trilhar na performancemusical.
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